segunda-feira, 6 de junho de 2011






INTEGRAR | Escala Humana vs Escala Rodoviária e a sua envolvente


A zona de intervenção situa-se em Cascais, na Av. Da República, em frente à Casa das Histórias de Paula Rego, do Museu do Mar e rodeado pelo Parque Marechal Carmona.


Ortofotomapa da zona de intervenção – Cascais - Av. da República


Este terreno está a ser aproveitado como um parque de estacionamento, e esta parcela de terreno que aqui se encontra é uma consequência da demolição do antigo Dramático de Cascais, onde se construiu o Hipódromo, que acabou por não usufruir de toda a área de terreno antes ocupada. Assim como se fosse uma falha esquecida na malha de Cascais, que está em fase de desenvolvimento, seria interessante poder intervir para:

Requalificar

Integrar

Interagir

(escala humana / edificado / pré-existências)


Ortofotomapa da zona de intervenção – Diferentes escalas de aproximação com e sem envolvente

Ortofotomapa - Fotomontagem - Proposta


Se existe a necessidade de criar espaço para o automóvel, não o vamos fazer sem pensar na malha urbana existente e na escala humana, visto que este local rodeado de tanto espaço verde é bastante utilizado pelo homem.

Assim, entendendo o Parque de Estacionamento como um elemento pertencente a esta malha, proponho uma intervenção neste espaço de maneira a integrar o espaço na malha, e a torná-lo habitável não só para o objecto carro, mas também para o homem.

Propondo uma ligação e um ciclo contínuo entre estes espaços verdes e os museus existentes a

proposta incide na necessidade de perceber em termos arbóreos e pedonais o que pode ser este local com a presença do carro mas sem a percepção visível do mesmo.


Fotomontagem - Proposta


Com a alteração e proposta da integração do estacionamento na malha, o primeiro passo é perceber de que modo ela pode estabelecer uma relação com o que a rodeia, criando assim um espaço de transição e ligação arborizado, como se completa-se a falha existente entre todos eles.

A presença do carro torna-se então imperceptível em planta e com a fotomontagem e o corte esquemático percebemos que, quando uma pessoa passeia ao longo desta malha verde, a uma cota mais elevada, não tem relação nenhuma com o carro. Apenas existirá escala humana no espaço.






Campo.Grande



Campo Grande, situado al limite de aquello que aún es considerado centro de la ciudad de Lisboa, es una plaza con distintas zonas de confluencia:

- Avenida de Campo Grande
- Zona Universitaria
- Segunda Circular
- Estadio Esporting
- Estación de Metro de Campo Grande
- Estación de Autobuses de Campo Grand



La pobre aportación público-urbana de Campo Grande es porque se trata de una zona de confluencia de distintas zonas de la ciudad, con usos y funcionamientos distintos, y no trabaja como zona de unión de estos diferentes lugares.


Uso/Funcionamiento independiente en la confluencia de zona de Campo Grande:

_Avenida de Campo Grande
_____Se trata de una zona verde que no es usada como zona de lazer por causa de la gran circulación de cotxes.

_Zona Universitaria
_____No existe un dialogo directo entre las universidades y zonas verdes de estas, con avenida de Campo Grande; No existe un aprovechamiento de la enriquezidora vida universitaria.

_Estadio de l’Esporting
____Los alrededores del Estadio no aportan una zona pública de lazer.

_Seguna Circular
____Linia de fuerte división entre Avenida de Campo Grande y espacio público del Estadio de l’Esporting.
Esta grande barrera provoca el no aprovechamiento público de estas dos zonas.

_Estación de Metro
____Elevada por motivos topograficos.
Provoca una grande barrera visual entres Avenida Campo Grande y Campo Grande.

_Estación de Autocarro
_____Localizada en la planta baja de la estación de metro (cota espacio público). Tal localización crea grande confución como zona urbana.






La propuesta urbanística debería justamente pasar por crear Campo Grande como un punto fuerte de unión de estas distintas zonas; habilitando así una zona real de uso ciudadano.


CREAR UNA LIGACIÓN MAS FUERTE ENTRE LAS DISTINTAS ZONAS DE CONFLUENCIA DE CAMPO GRANDE:

_Avenida de Campo Grande
+ _Zona Universitaria
+ _Segunda Circular
+ _Estadio de l’Esporting
+ _Estación de Metro
+ _Estación de Autocarro
=


_CREAR ESTA LIGACIÓN ATRAVES DE UNA ESTACIÓN DE AUTOCARROS Y METRO QUE COMBINE LA VIDA PÚBLICA DE LA CIUDAD; RECALIFICANDO/INFLUENCIANDO ASÍ LAS DISTINTAS ZONA DE CONFLUENCIA DE CAMPO GRANDE.




Largo de Arroios




O largo de Arroios - diz Vilhena Barbosa - é célebre na história moderna de Lisboa pelas cenas populares de que foi palco por ocasião da invasão francesa de 1810. A capital encheu-se de gente que fugiu das diversas terras do reino ao aproximar-se o exército do general Massena. Algumas praças de Lisboa, e entre elas o largo de Arroios, transformaram-se em acampamentos obstruídos de bagagens, por meio dos quais se aninhavam as famíliasdesoladas.

O quadro retrata precisamente uma dessas cenas, que consternaram toda a cidade, desenhando o largo de Arroios, no momento em que se distribuía aos míseros fugitivos, por ordem do Governo, a sopa diária.

Ainda hoje, a partir das oito horas da noite, este lugar é palco precisamente da distribuição de comida, onde vários pobres, se deslocam de vários pontos da cidade.

Este facto parece ser um obstáculo na construção do largo, pois não existe grande investimento, quer ao nível da materialização, quer ao nível do edificado existente que não apresenta programa ao nível do rés-do-chão, por não ser economicamente viável. O largo influencia de certa maneira toda a construção do lugar, sendo um fiel depositário dos carros que chegam do trabalho, e não tendo por isso grandes condições de habitabilidade. Cenário que é necessário alterar alterar.




A preto está representado primeiro os obstáculos ex

istentes e depois a área pedonal. A análise do largo foi feita tendo em conta a relação carro/pessoa e a área que a nível pedonal pode ser percorrida. Podemos observar que o largo não tem essa função, pois a área percorrida/estar é mínima relativamente à área que os carros consomem nesta zona. A proposta começa então por procurar qu

ebrar esta barreira, equilibrando a relação entre ambos. Materialmente é necessário encontrar a solução para este problema, sendo a proposta unitária neste aspecto. Assim passamos a ter uma proposta unitária sem hierarquização material e que permite que se possa viver todo o l

argo, incluindo as ruas que o envolvem:


Outro problema do largo é este ser inclinado, o que não permite a melhor vivência do mesmo. Assim proponho uma plataforma que estabiliza uma cota. Como a análise reflecte, a não existência de programa, faz com que seja necessário criar programa ao nível desta plataforma. O largo surge assim como reprogramador do mesmo, sendo expectável que um melhor espaço publico valorize a reconstrução dos edifícios existentes.



Santos también de dia






Avendia Dom Carlos I, 1200 Lsiboa

Zona, Santos




Pequeña plaza en la zona de Santos, en contacto con la Avenida de Dom Carlos I, que a pesar de su situación y de su fácil acceso a través de la calle principal del barrio, queda especialmente abandonada durante la vida diurna de los ciudadanos, posiblemente por el mal uso que sufre durante los encuentros nocturnos, ya que es una zona de bares y clubes bastantes concurrentes por los alfacinhes y sus visitantes.





El objetivo principal es potenciar el espacio público haciendo que la calle "sin salida" forme parte de la plaza, ganando iluminacion, incorporando nuevos materiales y creando espacios limpios y sin barreras visuales. Espacio donde interactuar de día y de noche.






















DE ROTONDA A PLAZA



Bajando desde Largo de Camoes por la Rua das Flores, encontramos una rotonda a mano derecha.

Descubrimos ahí una magnífica zona en medio de la parte histórica de la ciudad en la que las dos calles principales que la rodean (Rua das Flores y Rua do Alecrim) llegan en su continuidad hasta el río.


rua Alecrim

Párking rua das Flores/rua da Horta Seca


Los edificios contiguos a la rotonda son; la Estación de Bomberos Voluntarios de Lisboa, la Universidad para la 3ª edad, el Centro de Imageología y la casa Ceramius de cerámicas y azulejos.


Es un espacio a cielo abierto, con vegetación, sombra y en una zona muy concurrida de la ciudad que podría ser utilizado como una continuidad de Largo de Camoes. Por el contrario, es un espacio vacío, solitario, tranquilo y actualmente tiene como únicos beneficiarios los vehículos que aparcan en el.




Mi propuesta es hacer de esta rotonda, entendida como "plaza redonda alrededor de la cual circulan los vehículos", una plaza "lugar espacioso dentro de una población al que, generalmente, van a parar varias calles y en el que se desarrollan actividades de interacción entre ciudadanos".

La intervención consiste en;



  • Prohibir el aparcamiento de vehículos alrededor de la plaza. Estos serían trasladados al Párking público que hay en la misma Rua da Rosa.


  • Quitar la valla existente que rodea el perímetro de la plaza.


  • Habilitar zonas de paso creando recorridos con pavimento tipo adoquín.


  • Adecuar zonas para poder estar; iluminación nocturna, bancos, más vegetación (sombras).


  • Paso de zebra para poder acceder sin riesgo a la plaza.


  • Abrir un kiosko-cafetería para incrementar la interacción entre los usuarios


antes despues





Jardim Cardeal Saraiva - Campolide

Três Pontos _ Uma Estrutura

O jardim Cardeal Saraiva, em Campolide, é definido através de um limite maioritariamente construído: eixo NS e edifícios de indústria hoteleira, que desempenham um papel fundamental, tanto ao nível da identidade como de função, apropriação e usufruto do espaço.

Localização _ Jardim Cardeal Saraiva, Campolide

Com uma envolvente de carácter temporário, o jardim caracteriza-se por ser um lugar amplo, desarticulado e fragmentado onde não existem espaços de sombra e onde predomina a escassez de mobiliário urbano. Num lugar definido como descontínuo e de transição entre cotas, a apropriação do ser humano não passa de pontual ou transitória, tornando assim o jardim num espaço intersticial no centro da cidade, como comprova a pouca utilização por parte das pessoas.

Registo Fotográfico _ Vista Aérea sobre o Jardim


Registo Fotográfico _ Panorâmica sobre o Jardim

O projecto proposto consiste na diluição da fronteira entre o jardim e a envolvente construída, através de três pontos que se propõe como entrada, que têm origem nas principais ruas envolventes. Através da articulação do desenho de espaço público com as três entradas propostas, o projecto define três espaços distintos no jardim, ligados por uma estrutura com diversos tipos de função: sombra, banco ou limite do espaço.

Existente _ Infraestruturas Envolventes

Proposta _ Entradas Principais para Jardim _ partir dos 3 eixos estruturantes

Proposta _ Estrutura com diversos tipos de função: sombra, banco ou limite do espaço

A intenção do projecto passa por propor o jardim como um elemento que relaciona a urbe com o espaço público, tornando-o num espaço estruturante, integrante e consolidado da malha urbana da cidade de Lisboa


Proposta _ Maquete

Existente _ Vista Aérea sobre o Jardim

Proposta _ Vista Aérea sobre o Jardim _ Estrutura

Existente_ Entrada pela Avenida Calouste Gulbenkian

Visualização da Proposta _ Entrada pela Avenida Calouste Gulbenkian

domingo, 5 de junho de 2011

FALA-SÓ ARTE


Passou-se um ano em que nem me lembrei desta travessa. Ficou sem ninguém, nem um fala-só para amostra… nem um murmuriozito. E, contudo, continuou a ter gente a espreitar para o beco.
Engraçado…

Identificação do lugar


A Travessa do Fala-Só, perto do Elevador da Glória e do Jardim de São Pedro de Alcântara.

Parece esquecida entre elementos marcantes na cidade de Lisboa, o ascensor e o Jardim / Miradouro, existindo estes dois pontos surge uma ligação de carácter directo esquecendo tudo o que se materializa pelo caminho, a travessa parece realmente falar só.


Se um lugar se pode definir como identitário, relacional e histórico, um espaço como este que não pode definir-se nem como identitário, nem como relacional, nem como histórico, definirá um não-lugar.

Este não-lugar precisa de ser praticado.

Praticar o espaço, escreve Mechel de Certeau, é "repetir a experiência jubilatória e silenciosa da infância: é, no lugar, ser outro e passar para o outro".


Caracterizar o Descaracterizado



O lugar é dotado de duas situações de âmbito contraditório, por um lado existe algum tipo de intervenção por parte das instituições estatais para transformar um espaço cuja a função era a do nada, para agora ser re-aproveitado por artistas urbanos e, por outro lado o espaço mantém-se como um não-lugar, pela ocupação de veículos e por ruínas existentes.

Deste modo o estado actual deste espaço é evidente ele torna-se um lugar que não é lugar.

Caracterizar o Caracterizável


LIMITE _ LIMITE + EXISTENTE _ LIMITE + EXISTENTE + PLANOS

O LIMITE é constituído pelos muros e envolvente.
O LIMITE + EXISTENTE constitui o espaço como ele se encontra.
O LIMITE + EXISTENTE + PLANOS mostra o espaço existente com a adição de planos que pretendem definir espaços de diferentes ambientes e mostram arte urbana.

A secção pretende mostrar como este espaço representa um lugar intermédio entre o percurso do elevador, também pedonal, e que serve de ligação ao miradouro. Apesar de ainda ser um lugar intermédio, com a intervenção, ganha vida!


A pavimentação do lugar e os novos elementos colocados no espaço dotam-no de uma nova identidade, revitalizando-o. Este lugar torna-se agora parte integrante da estrutura que compõe os elevadores e o miradouro, criando um momento intermédio entre eles, um momento no qual podemos estar, parar, viver. O espaço torna-se assim identitário, relacional e ao criar uma nova história dentro da cidade ele torna-se um lugar!

Largo Vitorino Damásio Santos-o-Velho

Local

O local de projecto situa-se perto da margem do rio Tejo concretamente na zona de Santos é uma zona com grande actividade tanto diurna como nocturna. O largo de Santos ganha uma grande importância na vivencia daquela zona, tornando-se num local de ponto de encontro.

Devido há sua grande procura é com alguma normalidade que já se executaram algumas intervenções naquele local, todavia essas intervenções não tiveram o resultado pretendido, tal como criar espaço público vivido.

Analisando então o local pode-se constatar alguns problemas, problemas esses que são: falsa de sombra, falta de sítios onde se pode descansar, falta de bancos onde se pode passar alguns instantes, e nota-se uma grande abertura para as várias vias de transito presentes no local, entre elas o eléctrico clássica que passa pelo meio do largo.


Projecto

É então que surge o projecto tentando colmatar todos esses problemas, criando um muro vegetal de um metro em altura arborizado de onde saem bancos possibilitando usufruir daquele espaço situado na extremidade do largo, a intenção é então com que o largo se feche para dentro tornando um espaço mais acolhedor de modo a criar um novo ambiente. A introdução de varias árvores no interior do largo é assim necessário de maneira a combater a falta de sombra presente naquele local. No largo são construídos vários bancos públicos possibilitando que as pessoas usufruam de toda aquela área.

A construção de um edifício de pequena escala vem colmatar a necessidade de implementar um programa publico, dando assim razões para que se viva aquele espaço ou seja aproveitado de variadas formas.

A passagem do eléctrico pelo largo é vista como uma mais valia, trazendo a antiga forma de transporte público, pela qual a rede de transportes foi criada, e assim introduzindo naquele espaço algo característico da cidade de Lisboa.





Conclusão

Com este projecto pretende criar um pequeno espaço urbano qualificado criando infra-estruturas que possibilitem a vivencia daquele espaço publico, e não apenas mais um ponto de passagem onde se pode visualizar um grande potencial todavia não é trabalhado não retirando o seu potencial, a ideia é influenciar outros largos e vazios urbanos da cidade de forma a criar vários espaços urbanos qualificados de maneira a potencializar todas as áreas não trabalhadas.

Campo das Cebolas

Campo das Cebolas
Dinâmica no Vazio




Localização


O Campo das Cebolas é o antigo local de paragem de transportes públicos, nomeadamente autocarros, que fazia a ligação entre Lisboa e outras cidades. Actualmente é um lugar desprovido de qualquer significado, sem vida no que diz respeito à permanência e convívio de pessoas no sentido de estas o habitarem e o enriquecerem. É um pouco mais do que um parque de estacionamento e os espaços verdes são escassos, sendo suprimidos pelo imenso tráfego automóvel adjacente a esta zona. Por outro lado, é um espaço com grande potencial, na medida em que está repleto de edifícios com história mas também pela sua proximidade à Baixa, Alfama e ao Rio.






Esquemas I Percursos I Percursos + Plataforma I Percursos + Plataforma + Espaços Verdes


A proposta passa por suprimir o parque de estacionamento, visto que o Campo das Cebolas é uma área priviligiada no que diz respeito aos transportes públicos, metro, autocarros, etc. É proposto também, um parque de estacionamento subterrâneo, restrito a funcionários e residentes, de modo a garantir que este novo espaço público seja condicionado à existência de vida urbana qualificada. Para tal é necessário compreender que esta zona é uma área de grande afluência de pessoas. Os esquemas acima referidos, demonstram a criação de vários percursos (1); adjacente a estes estão plataformas em pedra (2) com várias altimetrias e inclinações; e, por último o espaço verde que adoça toda a infra-estrutura (3). Estes três elementos são fundamentais para que este espaço ganhe um carácter público, de maneira a que as pessoas o possam viver, reintegrando o comércio local, restauração, festas populares ou simplesmente habitar este espaço, procurando cruzar todas as idades e contextos sócio-culturais.

Este espaço público é como que uma continuação ao projecto de requalificação da frente ribeira em curso ( Praça do Comércio).



Implantação I Proposta






Ambientes I Actual I Proposta