terça-feira, 12 de junho de 2012

Vazios rua D Luis

Lisboa- Rua D.Luis


Foi-nos proposto resolver um local de Lisboa com o qual tivéssemos bastante contacto e que considerassemos ainda mal resolvido.
 O local que elegi foi a própria rua da nossa faculdade a rua D.Luis, esta é uma rua que tem a presença de três universidades  (IADE,ETIC e  UAL) e por isto é bastante habitada por jovens e pessoas relacionadas á vida académica. No entanto faz se notar a falta de espaço publico qualificado que possa promover a interacção entre universidades, apesar de ser uma rua de passeios largos que poderiam servir este intuito, apresenta no seu desenvolvimento inumeros espaços abertos inutilizaveis nao qualificados e sem qualquer relaçao entre eles.

A proposta passa então por preencher estes espaços de maneira a qualificar e evidenciar o espaço publico ja existente, associando lhe um programa então relacionado com esta vida académica tão presente.As três Universidades existentes estão ligadas a uma corrente artística e por isto também os programas que o projecto propõe  tem este facto presente. Programas como espaços de exposição e workshops,biblioteca, centro informatico, salas de coferencia e encenaçao e restaurantes.  Todos estes espaços são envolvidos por um pavimento (calçada portuguesa) que pretende delimitar o espaço publico bem como o quarteirao em que cada espaço está inserido.



 A proposta elege entao dois espaços principais associados duas faculdades (IADE e UAL) espaços estes que hoje se encontram totalmente inabitados e com tentativas falhadas de construçao de estacionamento. Para que estes espaços possam passar a ser utilizados e que possam entao servir os propositos do projecto
sao tambem desenhados edificios relacionados com cada espaço especificamente. Sao locais que pretendem  entao servir programas e condiçoes distintas para que nao concorram entre si e de maneira a serem bem usufruidos por todas as pessoas. Posto isto um dos espaço relaciona se com a av.24 de Julho e outro com a av. D Luis estas ruas apesar de tao próximas apresentam caracteristicas bastante distintas



Este primeiro espaço pretende entao abrir se para a  Av 24 de Julho, esta é uma avenida bastante larga e movimentada virada para o rio mas com pouca vivência deste, é essencialmente como uma rua de passagem  e por isto o programa que pensei ser o mais adequado tambem ser um programa que exija um pouco deste movimento ou que ate possa tirar proveito dele como restaurante, papelaria, livraria centro de esposiçoes.


 Já o segundo espaço está inserido na rua D.Luis que se apresenta como uma rua bastante sossegada um bastante mais estreita que a avenida anterior e que é como já referi anteriormente bastante habitada pela vida académica. Nestas circunstancias é proposto como programa associado um programa de paragem e reflexao como  biblioteca  e centro de investigaçao.

 Os dois espaços referidos são delimitados através de uma barreira transponível mas que pretende resguardar e identificar cada espaço. Esta  linha é desenhada através de árvores intercaladas o que permite a sua transposiçao. Os edificios associados a cada espaço tem  a altura dos edificios que seencotram exactamente ao seu lado ou uma altura que esteja no meio destas para que exista uma coerencia entre edificios e uma regularizaçao da rua.

 
O pavimento que é o elemento unificador de toda a proposta  pretende nao proibir mas condicionar a entrada de carros a estes novos espaços publicos criados tendo assim de ser tambem proposto uma nova circulaçao para a rua que esta representada pela planta anterior.



Espaços de Transição | Cidade - Rio



O lugar, situado entre o novo Museu dos Coches e o Terminal Fluvial de Belém, apresenta-se hoje em dia como um terreno descaracterizado, ocupado por roulotes e com um estacionamento. Sendo um local que marca, por um lado, a chegada á cidade para quem chega de barco, e por outro, sendo um espaço que está ligado ao novo Museu dos Coches, pretende-se que possa funcionar como um espaço público de chegada e transição, criando a ligação entre o rio e a cidade, e também entre a zona ribeirinha e o espaço do Museu, separados pela linha de comboio, mas também um lugar onde se possa permanecer e desfrutar da relação directa com o rio e com o novo Museu. Sendo este espaço ladeado por dois espaços verdes, pretende-se em primeiro lugar uniformizar esta zona, através da junção destes dois espaços. Desta forma cria-se um jardim que vai funcionar como espaço de transição entre a cidade e o rio. Sendo o estacionamento necessário neste lugar, tanto pela existência do Terminal Fluvial, mas também pela existência do novo museu, opta-se por baixar este estacionamento um metro e meio, ao mesmo tempo que se eleva o terreno um metro e meio acima do existente. Sobre o estacionamento localiza-se um pequeno bar com uma esplanada. Com esta modelação do terreno pretende-se também conseguir uma maior relação visual com o rio, e também com o novo Museu dos Coches, relação essa que hoje em dia praticamente não existe. O acesso á zona do Museu é feito por uma passagem subterrânea, que parte do jardim e chega á entrada do Museu, na Praça Afonso de Albuquerque, eliminando assim a actual passagem aérea que se coloca como um obstáculo visual na relação entre o Museu e o Rio. Secções Proposta

PARTILHA URBANA - LARGO DO RATO



Planta de implantação - Largo do Rato - Lisboa



O Largo do Rato na sua génese morfológica, sempre foi ao longo dos anos um lugar de cruzamento e de escoamento da cidade. Um ponto de passagem e de circulação, que se define actualmente como uma das principais artérias de articulação automóvel de Lisboa.

Essa condição torna-o mais um lugar de passagem, do que de permanência, fazendo deste um não lugar, sem existência de vida, comércio ou lazer. Ainda mais existindo ali inúmeras barreiras físicas, tais como muros, desníveis, grades, passadeiras, sinalização, que tornam a mobilidade do peão cada vez mais reduzida.



Esquema de ligações existentes - viárias | pedonais | acessos



Há muito que esta situação está diagnosticada, ao considerar-se que o: “peão esquecido é o elo mais fraco da vida do Largo do Rato”. Este é um “lugar hostil e perigoso para o peão”, um lugar onde apenas os veículos motorizados têm espaço e aquele é confinado às “zonas marginais”.
Denota-se na análise iconográfica efectuada do local, que no passado já houve um melhor aproveitamento e ligação da circulação automóvel com os peões.





Largo do Rato - 1900 | 1935 | 1939



Por isso a proposta visa a necessidade de entender o local, como um ponto de convergênciapartilha, uma rede de mobilidade automóvel e de transportes públicos, com a permanência de pessoas. Em que aqueles possam ficar reduzidos ao estritamente necessário, sem tomarem conta do local, e estas tenham a possibilidade de usufruir do espaço público, tirando o máximo de aproveitamento do mesmo. Preconizando-se assim mais comércio, mais convívio e mais proximidade do Largo com as pessoas que por ali passam, obrigando-as a permanecer.

Desta forma procura-se centralizar a circulação automóvel, reduzindo o número de faixas de viação, bem como a sua largura. Elimina-se a sinalização existente, coloca-se um outro tipo de materialidade do pavimento, de modo a que a atenção do condutor se foque mais no peão, e o leve a reduzir inconscientemente e de forma drástica a velocidade.

Por outro lado, fruto desta centralização, haverá um estender do passeio em calçada, para mais do dobro do existente, podendo dar lugar a uma maior absorção das pessoas do espaço, levando a mais comércio, a árvores, zonas de sombra, e de lazer, como esplanadas, feiras ou outros eventos.


Seria assim necessário condicionar o trânsito em algumas ruas envolventes, tais como a Rua do Salitre, a Rua de São Filipe Néri e a Calçada Bento Rocha Cabral.



Ortofotomapa existente e da proposta




Corte da proposta





Foto existente e Fotomontagem da proposta


Posteriormente, esta proposta poderá mesmo levar a uma ideia de abandono total da circulação automóvel, deixando apenas os transportes públicos, preferencialmente de uso eléctrico, regularem os movimentos pendulares do Largo.




Planta da intervenção


Perfil Transversal da proposta




Planta localizada da intervenção 1



Planta localizada da intervenção 2



Pormenores - Planta e Perfil


P01 - Terreno natural compacto
P02 - Seixo
P03 - Massame 
P04 - Traço seco
P05 - Pedra calcária
P06 - Lancil de passeio
P07 - Base em betão
P08 - Pedra guia em calcário
P09 - Tout-venant
P10 - Cubo granítico 10x10mm 
P11 - Traço seco

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Arco do Cego | Um Jardim para Todos

Localização

A escolha do Jardim Arco do Cego deve-se principalmente à intervenção realizada na Avenida Duque d’Ávila onde o esquema de circulação viária foi alterado, os passeios alargados, uma ciclovia implementada e lugares de estacionamento criados ao longo de toda  Avenida.Limitado pelas ruas Avenida Duque d`Ávila a Sul, a Rua de Dona Filipa de Vilhena a Este, a Av. João Crisóstomo a Norte e a Av. dos Defensores de Chaves a Oeste este Jardim,  onde a memória de Gare persiste através do edifício existente, foi inaugurado em Setembro de 2005. Contudo, apesar de apenas terem passado 7 anos as condições em que o jardim se encontra não são as melhores, necessitando assim de uma intervenção urgente. 




Jardim | 1Entrada Principal | 2Entrada Secundária | 3Interior do Jardim

Limitado por baixos muros que correspondem ao desenho do quarteirão existente, o jardim, apesar de ser muito frequentado não só pelos moradores mas também pelos estudantes do I.S.T., encontra-se de certa forma pouco cuidado e com alguns obstáculos ao nível da mobilidade.


Proposta

O projecto proposto pretende de certa forma unificar todo o espaço bem como vincar através do aumento da cota do muro todo o desenho do quarteirão. A panóplia de materiais existentes passa a um leque mais reduzido e directo de acordo com a função de cada espaço.
A antiga gare, simbolo do transporte | velocidade | interface passa a ser palco de actividades diversas ligadas às artes | desporto | cultura ... ou seja passará a ser um espaço híbrido  de uso público. O parque de estacionamento existente no local passará a ser subterrâneo.
É ainda proposto, fora dos muros do jardim, um aluguer de bicicletas de forma a permitir a todos o uso da ciclovia. 

  
 Perfil da rua

A regeneração do jardim pretende estabelecer e completar todo o novo mundo criado fora dos seus muros. 
O facto de ser um jardim composto apenas por 3 longos bancos deve-se ao facto de se querer romper com a ideia de que o banco pertence a quem lá se senta, ou seja, que existe o banco dos namorados, o banco dos velhotes, o banco do sem abrigo ou o banco do pessoal fixe... o banco passa a ser um elemento partilhado por todos que reúne assim os vários mundos.
Este novo projecto para o jardim pretende ser o palco de aproximação das pessoas que moram no bairro, bem como o elemento de ligação entre estas e a cidade de Lisboa.






PÁTIO DE DOM FRADIQUE

O pátio de dom fradique é uma das zonas mais interesantes de Lisboa. Apesar do triste estado de degradação, tem um ambiente de nostalgia que é transmitido a todos os usuários e cria uma comunicação direita entre o Castello e Alfama.


Plano de Situação

Plano de espaços devolutos

A proposta está basada em criar um caminho mais comfortável entre o Castello e a zona das Portas do Sol em Alfama. Para isso fazemos um sistema de rampas que forçam ao usuário a explorar toda a zona artigado mediante espaços de estança o acessos a otras zonas.


Plano da Intervenção
                                   

Alçado desde a parte inferior


   Estado actual         Proposta

Baixa

ESTAMOS NA ZONA DE BAIXA POMBALINA,UMA REDE COM UMA FORMA DE CUADRICULA, FALTA DE CERTOS RECURSOS QUE SÃO VISÍVEIS AS SEGUINTES IMAGENS:
 NOS VEMOS ESTES PONTOS DE VISTA COM FREQÜÊNCIA, SEMPRE COM A MESMA DISPOSIÇÃO, SEM SORPPRESA E PRINCIPALMENTEVAZIA PORQUE QUE O TRÁFICO HUMANO NÃO É TÃO ALTO E O CALIBRAGEM DA ZONA PEDESTRES É ENORME

 AS RUAS DE LONGO DEIXAM VER UM PAISAGEM CHATO, EM QUE CADA TRAVERSA NÃO É SURPRENDENTE, COMO VUMOS ANTES SÃO TODOS IGUAIS, O QUE TORNA ESSES, ENQUANTO NA ESTRADA, ACHO QUE A ESTRADA TERMINA EM BREVE, MAIS ISSO NÃO ACONTECE E ACABA SENDO UM VIAGEM TEDIOSO E FALTA DE CARÁCTER, SEM LUGAR PARA SENTAR E RELAXAR MESMO

 APÓS ESTES PENSAMENTOS A PROPOSTA É A CRIAÇÃO DE ESPAÇO DE ÁREA VERDE QUE OXIG[ENIO, ESPAÇADAS PARA GERAR UMA SURPRESA, MAIS NÃO AGE EM TODAS AS TRAVESAS, POIS ISSO SERRIATÃO MONOTEÍSTA COMO OUTRO, MAIS COLOCADAS EM LOCAIS ESTRATÉGICOS, MUDAR A FORMA DE VIDA DO BAIRRO, MUDE PARA ALGO MAIS AMIGÁVEL E DIVERSIFICADA.




sábado, 2 de junho de 2012

O EIXO DO BAIRRO

MIGUEL ESTEVES




A escolha da Rua Rodrigo da Fonseca partiu de vários aspectos que despertaram para a necessidade de intervir. Sendo a rua um eixo central do bairro onde se encontra, é nela que estão localizados a maioria dos serviços comerciais que servem a zona e que sempre existiram desde a construção do bairro. O comércio de rua é um dos principais elementos que torna um conjunto urbano sem identidade num bairro. Existe assim, a necessidade de favorecer e incentivar esta actividade.
Nesta zona encontram-se dois dos hotéis mais importantes de Lisboa. Assim, surge também a necessidade de favorecer o espaço público não só para os habitantes do bairro, mas também para os hóspedes dos hotéis.
Outro problema que este projecto propõem resolver é o facto desta zona ser reconhecida como uma zona de prostituição. Ou seja, ao concretizar esta proposta acredita-se que o urbanismo pode realmente influenciar os comportamentos da população na cidade, alterando o ambiente, as rotinas, os bons e os maus hábitos.

Dado à sua localização esta zona é utilizada como zona de atravessamento viário, porque liga vários pontos importantes da cidade.






Assim a proposta consiste em melhorar o espaço público da Rua Rodrigo da Fonseca, condicionando o trânsito com um só sentido. Criando exclusivamente dois atravessamentos horizontais do bairro. É proposto que o transito na Rua Rodrigo da Fonseca ganhe exclusividade para o transito local, dada a nova morfologia da rua. Com o estreitamento da circulação viária, há um aumento do espaço público do bairro, que favorece o comércio de rua e melhora a qualidade de vida. A circulação viária no bairro torna-se propositadamente mais complicada, a fim de quebrar o atravessamento contínuo e de reduzir o trânsito nocturno.